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Sunday 21 January 2024

A Empatia. -  Parte 1



Longe de ser uma mera identificação de sofrimentos, é uma habilidade complexa que vai além da simples ideia de sentir exatamente o que outra pessoa sente.

Cada indivíduo molda suas emoções por meio de interpretações únicas durante o seu desenvolvimento, uma experiência construída com base nas intensidades dos acontecimentos, potências emocionais pessoais e diversas relações ao longo da vida.

Embora seja comum associar a empatia à vivência do mesmo sofrimento daquele que está passando por uma situação difícil, acreditando que quanto mais profunda a emoção e o sofrimento experimentados, maior seria o grau de empatia, essa concepção é, na verdade, um mito.

Em primeiro lugar, empatia não é identificação com dores emocionais, a verdadeira empatia não está intrinsecamente ligada ao sofrimento, mas sim à identificação e compreensão do outro. Pode ser alegria, como pode ser sentimento de aventura, ou qualquer sentimento vivenciado.

Contudo, a dor chama a atenção, estabelecendo um terreno mais comum as pessoas empáticas.

O empático estabelecerá paralelos para compreender as dores ou felicidades entre ele e outra pessoa. Esse esforço é, de fato, uma construção. A pessoa empática busca dentro de si materiais feitos com vivências marcadas por experiências emocionais similares, na tentativa de construir um sentimento aproximado, visando conectar suas percepções com as perspectivas de quem recebe a empatia.

No entanto, é importante destacar que essa tentativa, por mais genuína que seja, não terá sucesso completo, já que ter o mesmo sentimento é uma ideação. A construção da empatia é, portanto, um processo contínuo.

Empatia, nesse contexto, não se trata de uma imersão no sofrimento alheio, mas sim de uma busca ativa por identificação e compreensão das experiências do outro. Ao desvincular a empatia do mito do sofrimento equivalente, abre-se espaço para uma compreensão mais ampla e saudável dessa habilidade.

Isso envolve o reconhecimento das nuances das emoções alheias, a compreensão de perspectivas diferentes e o estabelecimento de conexões baseadas na compreensão mútua, sem a necessidade de vivenciar as mesmas intensidades emocionais.

Essa abordagem mais equilibrada permite ao empático contribuir para o bem-estar do outro de maneira construtiva e respeitosa.

Empatia, portanto, é a capacidade de construir uma realidade paralela, comparativa e associativa de nossos próprios sentimentos aprendidos ao longo da experiência.

Não se trata apenas de identificação, mas de mergulhar na perspectiva do outro, mantendo a consciência de que a vivência é pessoal e única.

Breve, parte 2

Paul

 

Saturday 20 January 2024



Negociar, vender, ou trabalhar em projetos. 

O que diz nosso cérebro?

A economia energética importa.

O cérebro está constantemente preparado para realizar cálculos, pois fazemos isso o tempo todo, somando e subtraindo, ponderando vantagens e desvantagens. A nível cerebral, nem sempre é necessário estar consciente desse processo. Quando alguém nos apresenta algo, seja uma ideia, uma proposta de venda ou uma negociação, esse processo ocorre de maneira automática. Calculamos tudo porque o cérebro tem uma aversão a gastar energia, e quando o gasto de energia é inevitável, mecanismos de alerta, como memórias relacionadas a gastos energéticos, são ativados.

A eficiência do cérebro na utilização de recursos e formação de memória envolve a interação de várias regiões, como o hipocampo[i] para a consolidação da memória e o córtex pré-frontal[ii] para funções executivas. Neurotransmissores[iii], como a dopamina, desempenham um papel importante no reforço e na motivação, contribuindo para a alocação eficiente de recursos.

Esta matemática energética ocorre em uma região especializada do nosso cérebro, responsável por fazer previsões e antecipar resultados. Essas predições, abrangendo fatos do presente e do futuro, são elaboradas pelos gânglios basais[iv] e o córtex pré-frontal, que formulam resultados com base em padrões previamente aprendidos.

Dessa forma, as redes neurais se desenvolvem ao longo do tempo, possibilitando que o cérebro antecipe eventos e faça previsões. Esse processo demonstra a capacidade adaptativa do cérebro em reconhecer padrões, aprender com experiências passadas e aplicar esse conhecimento para antecipar eventos futuros.

 

Ao esforço, recompensa.

Além disso, quando nos deparamos com situações em que o esforço é necessário, podemos experimentar sensações negativas, desmotivando-nos a dar o próximo passo, seja individualmente ou em grupo.

Sempre que o cérebro recebe uma recompensa, a dopamina entra em cena, formando uma memória daquilo que é possível obter. Em negociações, ideias e vendas, a dopamina desempenha um papel crucial após a obtenção da recompensa, tornando essas atividades fontes perpétuas de energia para o cérebro.

A inibição da dopamina pode resultar em uma diminuição da capacidade do cérebro em experimentar e buscar recompensas, levando a uma predominância da resposta de aversão ao perigo. Esse desequilíbrio pode ter diversas implicações, incluindo alterações no estado de ânimo, motivação e na forma como o cérebro processa estímulos emocionais.

Isso ocorre porque o cérebro associa a obtenção de recompensas a uma eficiência energética e benefícios subsequentes. Essa dinâmica cria uma expectativa contínua de recompensa, impulsionando a motivação. Portanto, é fundamental considerar essa interação neurobiológica ao abordar pessoas com novos conceitos ou desafios.

 

Emoções de qualidade fazem diferença.

Outra energia importante é a potência emocional. O sistema de aceitação ou negação de uma nova ideia, está sujeito a fatores binários, isto é, um ou zero, sim ou não. No entanto, para que o cérebro transmita essa informação, muitas vezes inconsciente ou pré-consciente, ou seja, formada meros segundos antes do raciocínio consciente; será a base sobre a qual você vai pensar e depende da incorporação das memórias emocionais.

O processamento emocional tem início na amígdala[v] e se estende até o córtex pré-frontal para regulação consciente. O córtex pré-frontal ventromedial[vi] desempenha um papel crucial na tomada de decisão emocional e na autorregulação. As experiências emocionais moldam as respostas habituais, contribuindo para a autorregulação.

Se aquilo que ouvimos, recebemos e compreendemos não possui uma carga emocional equilibrada, regulada e positiva, tendemos a considerá-lo como perigoso, problemático ou irrelevante. Em outras palavras, o que é oferecido, tanto por nós quanto para nós, deve conter um estímulo emocional saudável e fundamentado em bases positivas. É necessário algo que nos emocione positivamente, incentivando-nos a participar ativamente.

 

Segurança e conforto é saúde cerebral.

E o que caracteriza uma emoção positiva equilibrada? É aquela que não dispara alarmes. Isso ocorre quando estamos envolvidos em interações interpessoais onde o principal alerta sempre se relaciona à economia do benefício, ou seja, ao conforto. O que nos proporciona conforto? O que nos faz sentir seguros? O cérebro realiza esse equilíbrio para compreender qual será a situação futura.

A busca por segurança e conforto envolve a ativação de áreas cerebrais como o estriado ventral[vii], responsável pelo processamento de recompensas, e o córtex cingulado anterior,[viii] utilizado na avaliação de riscos. Essas motivações são frequentemente influenciadas por um delicado equilíbrio entre a detecção de ameaças pela amígdala e as decisões racionais do córtex pré-frontal.

Se o que tenho pela frente não oferecer claramente segurança e conforto, o processo fica comprometido na formação da economia cerebral. O resultado é que ninguém adere à ideia ou ao que quer que seja proposto.

Outra emoção fundamental que integra o grupo das emoções equilibradas é a empatia.

 

A empatia trabalha entre a razão e a emoção.

A empatia é a habilidade de estabelecer uma conexão entre o que a pessoa sente e o que nós sentimos, constituindo uma espécie de estimativa própria. Em um grupo de pessoas, naturalmente, tendemos a compreender os sinais e expressões de cada indivíduo em relação ao que está diante deles, especialmente em situações nas quais também estamos envolvidos.

Se percebemos que o comunicador não se preocupa com elementos importantes para a nossa avaliação emocional, nenhum padrão de empatia é estabelecido. Tanto em grupo quanto individualmente, atuamos como verdadeiros radares, captando expressões ou atitudes empáticas.

A empatia está associada às atividades dos neurônios espelho[ix], especialmente na ínsula[x] e no córtex cingulado anterior. No contexto grupal, a empatia muitas vezes está ligada à liberação de ocitocina[xi], sendo esta responsável pela conexão positiva e duradoura, promovendo o vínculo social. A ausência de um comunicador verdadeiramente empático pode desequilibrar o conjunto de emoções necessárias para a concretização de um objetivo. O comunicador pode ser o produto, a negociação, o projeto, ou mesmo o interlocutor.

 

Algo justo, veste bem.

Grandes dificuldades de negociar aparece quando algo não parece justo.

A percepção da justiça é uma das memórias mais antigas no desenvolvimento de cada indivíduo; certamente, ela tem início na infância e armazena todos os padrões possíveis relacionados a ela, à pessoa, à família e à sociedade circundante.

No painel onde estão localizados os sensores da percepção, um dos principais botões sensíveis é o botão da injustiça.

A percepção de justiça está intrinsecamente ligada ao sistema de recompensa do cérebro, com o estriado ventral[xii] respondendo positivamente à percepção de justiça. A injustiça ativa regiões cerebrais associadas a emoções negativas, como a ínsula anterior, que é o centro de grandes problemas no comportamento negativo. A dissonância cognitiva, que ocorre quando uma pessoa vivencia conflitos entre suas crenças, atitudes ou valores, pode desempenhar um papel definitivo na maneira como os indivíduos conciliam suas crenças sobre justiça.

A crença na equidade representa um aspecto fundamental no contexto da percepção de justiça. Indivíduos que possuem essa crença acreditam na importância de tratamento justo e igualitário para todos os membros da sociedade, independentemente de suas diferenças individuais.

Essa crença na equidade está intrinsecamente ligada aos sistemas cognitivos e emocionais do cérebro. O estriado ventral, componente do sistema de recompensa cerebral, frequentemente responde positivamente quando percebemos situações que refletem equidade e tratamento justo.

Coisas equitativas e justas, vendem mais, projetos são melhores e mais confortáveis, negociações são recebidas com tranquilidade.

 

Autonomia fundamenta o respeito pessoal.

Outra característica positiva é a autonomia. Passamos a vida buscando nossa autonomia. Desde o nascimento, o desejo de andar sozinho, comer sozinho, vestir-se, ter nosso próprio quarto e pertences direciona-se para a construção de um sentimento de propriedade, pessoalidade e unicidade em nosso cérebro.

Qualquer coisa que ameace nossa autonomia é percebida como perigosa, indo contra tudo o que meu cérebro aprendeu.

A autonomia está intrinsecamente ligada às funções executivas do córtex pré-frontal e ao senso de controle associado ao estriado. A perda da autonomia pode ativar vias relacionadas ao estresse, incluindo o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA)[xiii], resultando em respostas emocionais e fisiológicas.

A perda da autonomia gera um sentimento de incapacidade e indignidade, conjunto de emoções extremamente negativas que não dependem de uma decisão consciente para serem controladas; elas ocorrem devido ao funcionamento do sistema cerebral mencionado anteriormente.

Em contextos grupais, um projeto desprovido de autonomia está fadado ao fracasso, beneficiando apenas um lado.

 

Tudo é sempre medido.

Num contexto mais prático, fica evidente que nunca devemos negociar, apresentar ou vender algo que não proporcione economia de tempo, recursos e energia. A premissa de que essas atividades devem contribuir para a eficiência e a economia é respaldada pela forma como o cérebro busca constantemente maximizar benefícios enquanto minimiza gastos. Ao adotar essa abordagem, não apenas melhoramos as chances de sucesso nas interações, mas também alinhamos nossas ações com os processos adaptativos do cérebro, promovendo resultados mais sustentáveis e benéficos.

A conservação de energia, a memória qualitativa, a regulação de emoções saudáveis, a autonomia, a empatia, a justiça e a equidade, bem como a sensibilidade à segurança e ao conforto, representam todos os aspectos positivos fundamentais. Esses elementos são essenciais para que o cérebro tome decisões rápidas, acertadas e eficientes.

Para alcançar o sucesso, é importantíssimo ter em mente que estes não são apenas conceitos abstratos, mas sim as formas pelas quais nosso cérebro responde à sua mecânica intrínseca. Essa resposta não está sujeita a mudanças baseadas em conceitos, coisas que possam ser aprendidas em um curso qualquer. Mas sim, são uma característica inerente ou funcionamento natural do cérebro e consequentemente à formação da mente humana.

A formação do pensamento e da atitude pode variar em níveis, intensidade e profundidade, mas ocorre dentro dos parâmetros das funções cerebrais. O processo é guiado por essas funções fundamentais que constituem a base da cognição humana.

Ao promover, negociar ou persuadir outros a participarem de algo, considerar essas ferramentas aumentará significativamente a probabilidade de sucesso. Sinta-se à vontade para experimentar e aplicar esses princípios em suas interações cotidianas.

Paul.

 



[i] O hipocampo é uma parte crucial do cérebro que desempenha um papel essencial na formação de memórias, transformando lembranças de curto prazo em memórias duradouras. Além disso, ele está envolvido na orientação espacial. Se danificado, pode causar dificuldades na criação de novas memórias. O termo "hipocampo" vem do grego, significando "curva embaixo", referindo-se à sua forma. Este componente cerebral também influencia emoções, ajuda a controlar o estresse e contribui para a adaptabilidade do cérebro ao longo do tempo. Resumindo, o hipocampo é vital para a memória, aprendizado e outras funções cognitivas complexas.



 

Friday 30 January 2015

LA SEROTONINA Y EL CICLO MENSTRUAL

¿Qué es la serotonina?
La serotonina es un neurotransmisor (es decir, una sustancia que transmite mensajes entre el cerebro y el resto del cuerpo) que influye en nuestra sensación de bienestar y relajación. Además, participa también en el control del apetito. Una pista de que está baja puede ser el excesivo apetito por los dulces. ¿Te ocurre?
Está presente en nuestro organismo desde nuestra infancia y cuando llega a niveles muy bajos podemos vivir episodios de irritabilidad, ansiedad y hasta depresión (se ha observado que en personas con depresión los niveles de serotonina son extremadamente bajos).

La serotonina en el ciclo menstrual

Nuestros niveles de serotonina varían de manera natural a lo largo de nuestro ciclo. En la fase premenstrual, se produce una bajada en los niveles de estrógenos y progesterona que reducen los niveles serotonina.ciclomenstrualEs entonces cuando nuestro cerebro recibe menos cantidad de serotonina y endorfinas (lo cual puede afectar a nuestro estado de ánimo, ganas de dormir e incluso a nuestra sensibilidad).
Poco antes de la menstruación, que es cuando llegaría a encontrarse en sus niveles mas bajos, podemos sentirnos tristes, irritables y apetecernos alimentos ricos en azúcares (chocolate, pasteles, galletas, bollería, chucherías…).

La serotonina y la alimentación

Existen alimentos que nos ayudan a subir los niveles de serotonina, especialmente los que son ricos en triptófano (un aminoácido que interviene en la producción de serotonina), omega 3,  ácido fólico, vitamina B12, magnesio y zinc. Por ello estos nutrientes son tan importantes en nuestra salud reproductiva.
¿Dónde podemos encontrarlos?
  •  Alimentos frescos como el plátano, la piña, la papaya, el aguacate, las cerezas, las ciruelas o los huevos.
  • Alimentos con omega 3 como el aceite de onagra, la borraja, el pescado, las semillas (pipas de girasol, calabaza, sésamo, lino, chía…) y los frutos secos sin tostar (nueces, almendras, anacardos…)
  •  Avena: La avena es el cereal de la serenidad. Rica en vitaminas del grupo B fundamental para producir serotonina.
  • Y además en las plantas como la ortiga, ginkgo y el hipérico.Tanutilizadas en fitoterapia para tratar depresiones.
Para producir serotonina, también es importante la 
exposición a la luz del sol (vitamina D) y al aire
libre

El ejercicio físico

El ejercicio físico, además de ayudarnos a metabolizar mejor los alimentos, es muy importante en el equilibrio hormonal. Caminar, correr, nadar, ir en bici, practicar senderismo, yoga, Qigong, Tai Chi.. o simplemente subir las escaleras andando supondrá movilizar el cuerpo, oxigenar las células y a la larga hacernos sentir mejor.
Si además puedes practicarlos al aire libre mucho mejor.
A  veces gestos tan simples como bajar del metro o bus una parada antes y caminar un poquito hasta casa o el trabajo, suponen una gran diferencia.

Fuentes:

The biological evaluation of depression severity: a novel method for the determination of platelet serotonin concentration. Bezrukov MV1, Shilov IE, Shestakova NV, Kliushnik TP. Zh Nevrol Psikhiatr Im S S Korsakova. 2014;114(8):51-57.
– The role of estrogen in mood disorders in women. Payne JL. Int Rev Psychiatry. 2003 Aug;15(3):280-90.
– Estrogen-serotonin interactions: implications for affective regulation.Rubinow DR1, Schmidt PJ, Roca CA. Biol Psychiatry. 1998 Nov 1;44(9):839-50.
– Integrative medicine. Depression. Graig Schneidery, Erica Lovvet
– Imagen del diagrama ciclo menstrual sacada del libro Ecología al comienzo de nuestra vida de Mª Jesús Blázquez.
Fuente:http://foodgreenmood.com/2014/11/04/la-serotonina-y-el-ciclo-menstrual/

Friday 17 August 2012

"SuperAgers" O Segredo dos cérebros “jovens para sempre”.

O Segredo dos cérebros “jovens para sempre”.


Assim chamados “SuperAgers” (O termo é uma forma de dizer “estes idosos são super”), porque novos estudos demonstram que alguns idosos têm cérebros que aparentam estar décadas mais jovem do que em sua idade comumente estariam.

Pesquisadores da Nothwesten Medicine produziram um trabalho de pesquisa nesta área. A pesquisadora Emily Rogalski trabalha para saber o que vai à mente de certos idosos que continuam com uma atividade extra normal  para sua idade, eles possuem uma extraordinária memória e vitalidade. São super agentes cognitivos.

Em um novo estudo, Rogalski tem pela primeira vez identificado um grupo de idade de aproximadamente  80 anos cujas memórias são tão nítidas quanto as pessoas de 20 a 30 anos ou até mais jovens. E em exames 3-D de ressonância magnética, os cérebros dos participantes “SuperAger” aparecem como cérebros jovens e em alguns, uma região do cérebro foi vista ainda maior do que os cérebros dos participantes de meia-idade.

A pesquisadora ficou impressionada com a vitalidade do córtex dos “SuperAgers" a camada mais externa do cérebro importante para habilidades de pensamento de atenção, memória e outras atividades. Nos “superAgers” a camada do córtex era muito mais espessa do que o córtex do grupo normal de 80 anos ou mais (cujo mostraram significativa desbaste) e muito semelhante ao tamanho córtex dos participantes com idades entre 50 e 65 anos, considerado o grupo de meia-idade do estudo.

"Estes resultados são notáveis ​​dado o fato de que na matéria cinza do cérebro a perda de células é uma parte comum do envelhecimento normal", disse Rogalski, a investigadora principal do estudo e professora assistente de pesquisa em Neurologia Cognitiva e do Centro de Doença de Alzheimer da Universidade Northwestern Feinberg Faculdade de Medicina.

Rogalski é autora sênior do artigo, publicado no Jornal da Sociedade Internacional de Neuropsicologia.

Ao identificar as pessoas mais velhas que parecem ser exclusivamente protegidas contra a deterioração da memória e atrofia das células cerebrais que acompanha o envelhecimento, Rogalski espera descobrir os segredos de seus cérebros jovens. Essas descobertas podem ser aplicadas para proteger outras pessoas da perda de memória, ou mesmo a doença de Alzheimer.

"Ao olhar para um cérebro saudável realmente mais velho, podemos começar a deduzir como SuperAgers são capazes de manter sua boa memória", disse Rogalski. "Muitos cientistas estudam o que há de errado com o cérebro, mas talvez possamos finalmente ajudar os doentes de Alzheimer quando descobrirmos o que ocorre de bom no cérebro de SuperAgers. O que podemos aprender com estes cérebros saudáveis ​​poderá ser usado em nossas estratégias para melhorar a qualidade de vida para os idosos e para combater a doença de Alzheimer ".

Através da medição da espessura do córtex - a camada mais externa do cérebro onde os neurônios (células cerebrais) residem - Rogalski tem um sentido de quantas células cerebrais estão à esquerda.

"Nós não podemos realmente contá-los, mas a espessura do córtex mais externa do cérebro fornece uma medida indireta da saúde do cérebro", disse ela. "Um córtex mais espesso, sugere um maior número de neurônios."

Em outra região profunda do cérebro, o “giro cingulado” anterior de participantes SuperAger 'era realmente mais espessa do que na dos 50 a 65 anos de idade.

"Isso é incrível", disse Rogalski. "Essa região é importante para a atenção. Atenção suporta memória. Talvez os SuperAgers trabalhem melhor sua atenção e isso de ser  realmente interessado é o que suporta ou melhora as suas memórias excepcionais."

Apenas 10% das pessoas que "pensavam que tinham lembranças pendentes" preencheram os critérios para o estudo. Para ser definido como um “SuperAger”, os participantes necessitavam estar entre 50 a 65 anos de idade e marcar mais de 50% no rastreio de norma de memória.

"Estes são um grupo especial de pessoas", disse Rogalski. Eles não estão crescendo em árvores. "

Para o estudo de Rogalski os pesquisadores viram as imagens de ressonância magnética do cérebro de 12 participantes (Chicago-área)
Os “Superager” foram  selecionados por sua memória e outras habilidades cognitivas. O estudo incluiu 10 pessoas consideradas de envelhecimento normal que estavam em uma média de idade de 83,1.  E 14 pessoas de meia-idade que eram de uma idade média de 57,9.
Não houve diferenças significativas na educação entre os grupos.

A maioria dos participantes SuperAger pretende doar seus cérebros para o estudo. "Ao estudar os cérebros podemos vincular os atributos da pessoa viva com as características subjacentes celulares", disse Rogalski.

# # #
Noroeste co-autores no estudo incluem Marsel Mesulam, MD, Sandra Weintraub e Theresa Harrison, ex-Noroeste e agora estudante de pós-graduação na Universidade da Califórnia.

Este projeto foi financiado por uma doação da Fundação Davee e bolsas AG13854, P30 299 AG010129 e K01 AG030514 do Instituto Nacional sobre o 
Envelhecimento do Instituto Nacional de Saúde.

SAIBA MAIS SOBRE O TEMA

Leia mais sobre o tema em meu artigo sobre  MEMÓRIA

Conheça a obra de Sidnei de Oliveira e seu próximo livro "JOVENS para SEMPRE"

https://www.facebook.com/sidneioliveirafan/app_154246121296652

Saturday 23 June 2012

Como rejeitar a rejeição


“...Sempre me senti rejeitada, acho que realmente não tenho nada de especial, não sirvo para nada...”  EMp.

















Ok... Amiga, minha perspectiva é sempre a neuropsicologia, eu entendo que por ai vem o caminho da cura e ajuda a entender onde nascem os monstros.

O que estamos realmente lidando com a dor da rejeição, a dor que se forma em uma área de nosso cérebro, um padrão de pensamento que ativa certa vias de pensamentos e faz que com que nós nos sentimos rejeitados.

E qual é a diferença?


A dor da Falsa rejeição:
Nem sempre a rejeição é verdadeira, ninguém nos está rejeitando, mas cremos que sim porque sentimos a dor; porque cremos que esta situação é a verdadeira. Áreas do cérebro que trabalham na defesa e na manutenção de nossa existência estão pré-ativadas e a tendência será de interpretar qualquer ameaça como um sentimento de dor. Sentimento de rejeição por algo sem fundamento. 







A dor da Falsa verdade:
Outra diferença é a verdadeira rejeição, diferente da falsa rejeição, aqui alguém realmente nos rejeita, mas a razão pela qual nos rejeitam não é verdadeira. Quando alguém expressa algo sobre nós, esta expressão irá ativar estas áreas de choque emocional, ativaremos as defesas, contudo, esta afirmação ou conceito não são verdadeiros externamente verdadeiros. Sentimento de rejeição por dar valor a algo que não tem valor.







A dor Real Falsa:
A última é real e falsa. Somos rejeitados porque realmente não servimos para certas coisas ou qualquer outro conceito que realmente nos leve a não encaixar. Sentiremos a dor da situação. Por exemplo, se você quer ser cantor/a e tem uma voz muito ruim, terá sempre certo problema cada vez que tentar. Mas é falsa a dor, porque faça o que fizer, seja como for, tudo que a rejeição faz é produzir primeiramente dor. Alcançar objetivos que não fomos exatamente desenhados para alcançar requer um grande esforço e esforço termina em dor.  Elas por elas, a dor é falsa se imaginamos que ela não estaria ali. Temos que enfrentar certa dor para vencer quando algo vai além de nossas possibilidades.  Sentimento de rejeição por assimilar a rejeição como norma e verdade.













Como é a dor?

A dor que sentimos é a incapacidade de processar a diferença entre o que assumimos como nossas verdades e a incongruência, a diferença com o que exterior.  Exterior é tudo que não está dentro de nós, pessoas, coisas, fatos e realidades etc.
Quando comparamos nossa realidade com a perspectiva, opinião, conceitos e toda forma de resposta comparativa com o exterior esperamos que encaixassem com as nossa... E se elas desencontram, nosso cérebro diz: ALARME! Algo está errado.
Então, as memórias começam trabalhar a toda máquina para comparar situações passadas e sentimentos de avaliação.
Se a maior parte não encaixa ocorre um processo estranho:... Desvalorizamos o que temos assumindo que algo nosso está errado, ativamos as defesas, muros e portões,  para fechar as o ataque de comparações externas, e apontamos armas para todos os lados para eliminar a fonte da dor.






Rejeição vem quando os outros não nos vêem uma maneira que queremos através de desaprovação ou não aceitação. Nós sentimos que estamos sendo afastados.

Todos nós queremos ser amados, para se encaixar e ser parte de algo maior que nós mesmos. Ser aceito traz uma sensação de validação que nossa maneira de ser está no caminho certo. Aqueles que têm uma perspectiva mais ampla de si mesmos e sua relação com o mundo em que eles interagem com, geralmente se sentem o impacto da disparidade e críticas de forma menos intensa.








Algumas coisas que ajudam...


O conceito da sensibilidade:

Eu sei que vão dizer que sou muito técnico, mas as pessoas mais sensíveis são mais propensas a sentir esta dor da rejeição. Sensibilidade, nada mais é que muitas áreas de nosso cérebro que estão ou bem ativadas e não desativam facilmente. E outras que estão desativadas e não ativam quando devem.
Nosso cérebro é mais ou menos como um imenso complexo viário. Imagine o Metro. Se um trem está na estação a estação esta ativada, se ele sai, então estará desativada. Mas é necessário que saia para que outro possa chegar. Um trem vai para um lugar e outro trem irá para outro. E assim, milhares de trens e vagões vão para milhares de lugares diferentes transportando milhares de pessoas diferentes.
Ativar e desativar são processos bons. Imagine se o trem nunca chega ou se nunca sai, problema não é?



O chefe da estação não pode deixar acumular muita gente. Muita gente e pouco trem dão problema.  Inflamação.  Eu estou usando uma linguagem comparativa. Muitas expectativas e pouco reconhecimento dão problema, não escoa, começa a briga. Muito trem e pouca gente são fatos que dão problema, é gasto inútil. Falta a razão para o trem mover. Inutilidade tudo para. Falta aquilo que queremos ouvir, falta aquilo que nos da razão para mover, as coisas não tem porque andar e falta um motivo para tudo.


Sensibilidade é isso, ou estamos muito ativados ou estamos precisando ativar urgentemente.



Solução?

Limpar as vias.  Para isso claro.. Precisamos fazer uma avaliação de nosso estado, temos que pedir ajuda dos técnicos no assunto para dar uma olhada no sistema todo.

Onde estão as dores e como são? A dor da falsa rejeição, a dor da falsa verdade, a dor real falsa.

Onde estão? Como arrumar isso?

Rejeição é um sentimento, um conceito inflamado. Seja ele real ou não é algo que deve ser tratado.

Contudo...

Lembre-se que em qualquer processo de inflação, a dor é maior que a razão.
Imagine você com uma super dor de dente tentando ler este texto.
Duvido que você consiga entender algo estando com tamanha dor.

Então para isso necessitamos contar como é a dor a alguém que tem qualificação para ajudar. Explicar sua origem para receber a ajuda especifica correta.











Psiquiatra é medico da física e química do cérebro. O mito que ir ao psiquiatra é para loucos é coisa do tempo da vovó.

Psicólogos são os médicos do comportamento e das emoções.  Ir ao psicólogo é saudável sempre, e quando as coisas parecem não estar em ordem.

Se você sofre ou conhece alguém que sofre é hora de parar para ajudar ou ser ajudado.

É tempo de compreender quem sofre e ajudar ... e...

Não sofra.


  







Sunday 15 April 2012

PÂNICO


Você poderia escrever um artigo sobre a Síndrome do pânico? 
Eu queria saber mais sobre isso.


D.S.






Conceitos que vamos usar:
Ativar” = maior atividade sináptica, Sinapses é a comunicação eletroquímica entre os neurônios (células do sistema nervoso) 
Desativar” = menor atividade sináptica possível.
Desligar ou desconectar” = ainda quando usamos a palavras “desligar” ou “desconectar” o cérebro nunca desliga nada, é uma forma de dizer “desativar”, menos atividade neuronal.
Informação” = sinais eletroquímicos procedentes da sinapse que percorre os nervos até o cérebro e vice versa. O sistema de comunicação é sempre em forma de arco, ou duas vias, uma que sai do cérebro e atinge os órgãos e uma que sai dos órgãos e comunica com o cérebro. Sempre duas vias.





Primeiramente vamos ver alguns conceitos que nos ajudarão a pensar juntos sobre este problema que afeta muitíssima gente.



Síndrome, transtorno, ataque, desequilíbrio e a crise de ansiedade.



Síndrome é coletânea de vários sintomas que se repetem geralmente na mesma ordem e que ajudam a montar um diagnóstico por tais repetições.  No caso do pânico isso é muito raro que ocorra, o pânico tem muitas variantes e não sempre tem o mesmo padrão em sua causa.








 Vamos chamar de Transtorno de pânico uma condição médica produzida por um desequilíbrio eletroquímico, um verdadeiro transtorno na ordem de como as coisas devem ser eletroquimicamente em algumas áreas do cérebro. Quem possui esta condição tende a sofrer vários ataques de pânico.






A maioria dos casos que chegam aos hospitais ou clínicas não são síndromes ou transtornos, mas sim um ataque de pânico.

O ataque de pânico pode ocorrer a qualquer pessoa em certas situações de estresse ou quando algum desequilíbrio transitório (passageiro) ocorre.

Não é muito fácil definir a raiz deste desequilíbrio, muitas vezes ele ocorre obedecendo a uma seqüência correta de fatores neuroquímicos (hormônios e neurotransmissores) e psicoquímicos (no caso, sistemas simpático) o controle de fuga e luta que está montado para nossa sobrevivência.
Muitas vezes o sistema neuroquímico aciona de maneira adequada e é interpretado por nossa consciência como algo que extrapola a condição que a causou.
Um neurotransmissor, a noradrenalina, combinada com outros fatores aciona este mecanismo.

A crise de ansiedade é geralmente confundida como ataque de pânico por causa dos sintomas iniciais e dos vegetativos (que perduram), serem parecidos, mas no ataque o processo é diferente. A ansiedade em crise é gerada por pensamentos que exageram a realidade e que se prolonga por um período.

O ataque de pânico pode começar com uma crise de ansiedade, mas a ansiedade não é exatamente um a causa na maioria dos casos.

Nem o transtorno e nem o ataque de pânico são consideradas como doenças mentais.

Não, a pessoa não está “louca”, e nem vai ficar.

Com isso quero reforçar que o ataque é desequilibrio neuroquímico e terá um efeito sobre o processo de pensamento e da ação de fuga e luta que depois de disparada passa geralmente a estar baixo controle da consciência.

Neurotransmissores e ativadores hormonais: Noradrenalina (adrenalina), GABA, serotonina e outros, ativam e inibem varias áreas do sistema simpático e do sistema de controle emocional localizado nas áreas mais primitivas do cérebro (o centro das emoções). Quando uma área permanece ativa por um tempo prolongado e não consegue “desligar”, então ocorre que o controle se vê comprometido.





Neste caso o nosso sistema de autopreservação “perde o freio”...  ao mesmo tempo que "acelerador" não volta para trás e somente acelera mais e mais.







Os ataques de pânico têm um efeito residual e podem repetir-se, contudo, não é exatamente ainda um transtorno. Irá com o tempo extinguir-se.

O transtorno é exatamente a não extinção ou repetição destes desequilíbrios em periodos prolongados.


Os ataques de pânico são períodos muito intensos, realmente são fortes experiências que afeta a pessoa subitamente. Geralmente o medo incontrolável é o grande monstro do ataque de pânico, é uma sensação de desespero e de medo profundo.
Este desespero e medo não necessariamente encontram uma razão fundada, contudo é extremo e aciona a defesa de fuga e a luta de forma incontrolável.
É psicossomático, ou seja, afeta a mente e o corpo.
Tem uma duração entre cinco a dez minutos e quando atinge o pico da crise, a sensação é bastante desagradável.
Durante as horas seguintes estas pessoas estarão suscetíveis a passar novamente por outros picos menores e de mais a menos desaparecem gradualmente.
Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa dependendo de vários fatores como: Saúde do individuo, locais onde ocorre o ataque, situações, causa da ansiedade primeira, etc.

Algumas pessoas que experimentam um ataque de pânico pela primeira vez, pensam estar sofrendo um ataque cardíaco, um colapso nervoso ou que estariam perdendo a razão.
É uma experiência devastadora e com efeitos desagradáveis aos que sofrem. Talvez uma das piores experiências psicológicas que alguém pode padecer, pois o efeito termina em alguns minutos, mas a memória do ocorrido persiste perfeitamente.
Geralmente querem fugir para algum lugar que não seja onde estão à pressão arterial dispara, o ritmo cardíaco aumenta, hiper-ventilam (respiração rápida e ofegante)


Após o ataque os afetados experimentam sensação de culpa, vergonha, grande confusão sobre si mesmos, e como a experiência é devastadora, sofrem principalmente um grande medo de passarem por isso novamente. 



É sempre normal ver que os afetados não retornam a seus lugares de trabalho, e terminam por perder seus empregos.








Evitam lugares que possam sentir-se sem saída, a claustrofobia é uma das sensações que mais dispara ataques de pânico, contudo não a única. Fobias de todo tipo podem levar a pessoa a sofrer um ataque.









Evitam lugares fechados ou com muita gente, até mesmo viajar de carro ou veículos de qualquer espécie. Aeroportos e os acessos ao embarque dos aviões são lugares de comum ataque de pânico.

Mas o ataque de pânico pode ocorrer até mesmo quando a pessoa está em casa, ou conversando com amigos.








Apoiar e compreender estas pessoas pode ser a chave da sua cura


Este problema é tratável e deve ser tratado com medicamentos e terapia. A terapia cognitiva comportamental ajuda muito nestes casos, mas sempre ao mesmo tempo que um tratamento clínico.

Hoje existem medicamentos adequados que podem fazer o sistema voltar ao normal, medicamentos extremamente específicos para ajudar neste problema.
Contudo não somente se devem tomar os remédios adequados, mas se deve unir a uma terapia psicológica para que a efetividade do medicamento seja compreendida e trabalhada com a ajuda do profissional da saúde mental.



Psiquiatra é medico da física e química do cérebro. O mito que ir ao psiquiatra é para loucos é coisa do tempo da vovó.
Psicólogos são os médicos do comportamento e das emoções.  Ir ao psicólogo é saudável sempre e quando as coisas parecem não estar em ordem.

Se você sofre ou conhece alguém que sofre é hora de parar para ajudar ou ser ajudado.

É tempo de compreender quem sofre e ajudar ... e...

Não sofra.