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Friday 27 January 2012

Ideias delirantes...


Ideias Delirantes...

"...Gostaria de saber sobre a capacidade que as pessoas têm de acreditar em seus delírios, elas criam situações em suas cabeças a partir de seu ponto de vista e mesmo que todos lhes mostrem o equívoco ela acredita piamente no que quer. E como é frequente isso! Será um “defeito” ou só cabeça dura mesmo?..."

Conceitos que vamos usar:
Ativar” = maior atividade sináptica, Sinapses é a comunicação eletroquímica entre os neurônios (células do sistema nervoso) 
Desativar” = menor atividade sináptica possível.
Desligar ou desconectar” = ainda quando usamos a palavras “desligar” ou “desconectar” o cérebro nunca desliga nada, é uma forma de dizer “desativar”.
Informação” = sinais eletroquímicos procedentes da sinapse que percorre os nervos até o cérebro e vice versa. O sistema de comunicação é sempre em forma de arco, ou duas vias, uma que sai do cérebro e atinge os órgãos e uma que sai dos órgãos e comunica com o cérebro. Sempre duas vias.
Energia” = Nada místico, energia aqui sempre será a produção de novas células e restauração das mesmas, através de nutrientes, água, oxigênio etc., favorecendo o ótimo metabolismo (trabalho) das células. 

Delírios? Ou ideias delirantes?

Delírio é uma condição psicológica. É um estado agudo de confusão na percepção, caracterizado por perturbação da realidade e acompanhada por graus variáveis ​​de comprometimento cognitivo. 
Literalmente a pessoa vê, sente, ouve coisas que não existem e não tem senso ou ordem.
É geralmente considerada uma condição aguda reversível e pode ser causada por várias coisas, como: traumas crânio encefálicos, infecções, febres, ingestão de tóxicos ou drogas alucinógenas, ou doenças mentais, neste caso, irreversíveis ou semi.
Os Esquizofrênicos sofrem de uma condição delirante, vivem condições que para eles são reais, mas não existem na nossa realidade.

As ideias delirantes ou conceitos equivocados da realidade são um tema diferente que também pode ser explicado. Neste caso a pessoa não vê realmente coisas ou distorce a sua percepção da realidade, porém persiste sua falta de compreensão dos fatos e se agarra a conceitos equivocados.

Do ponto de vista neuropsicológico o cérebro algumas vezes passa por anomalias de ativação.

Primeiro vamos eliminar a ideia ou o “mito” que usamos somente 10% de nosso cérebro, isto não é verdade, usamos toda a capacidade de nosso cérebro todo o tempo, algumas partes fazem coisas diferentes, outras trabalham com memória, outras processam tarefas que fazemos, outras criam, outras controlam o corpo, os movimentos etc. Mas se utilizássemos somente 99%  teríamos que assumir que 1% estaria inútil, por ex, imagine que fosse o 1% que mantém seu coração batendo, portanto não, não usamos partes usamos o todo, o total.





Porém, temos que compreender o conceito de ativação e desativação das partes do cérebro.

A função cerebral funciona mais ou menos como constante fluxo de informação por via eletroquímica. Quando existe uma área de ativação estaremos mais inclinados ou imersos na atividade que foi ativada.

Ativação:
Imaginemos o a atividade cerebral como fosse uma lâmpada inteligente com a função específica de segurança, que serve para iluminar a porta e as laterais de uma sala. Ela estará sempre ligada emitindo 10watts de potencia, luz tênue que servirá para mostrar as pessoas que atravessam o local onde estão os limites desta sala, entrada e saída, contudo ela passaria de 10 watts para 110 watts se alguém abre um livro (pensamento, ou atividade específica) para ler alguma coisa.




Contudo sem haver uma razão para que a luz continue gastando 110watts de potencia, por ex: não haver ninguém lendo dentro da sala, as lâmpadas com sensores inteligentes estariam voltando a sua atividade normal de trabalho, emitir luz para delinear a sala apenas.  Isso seria a desativação do sistema especializado.






Algumas vezes deixamos livros (pensamentos, mal concluídos ou persistentes) dentro destas salas de nosso cérebro, o que produz uma ativação desnecessária e persistente em certas áreas de controle da razão ou dos pensamentos.
Sempre deixamos um ou outro “livro” por ai em nossas salas especializadas, isso é algo dentro do que chamamos “tolerância da normalidade”. Muitas áreas estarão sendo “ligadas” e irão permanecer assim até que este livro seja fechado ou removido.

Com que velocidade estas “lâmpadas” acendem e apagam?

Deveriam ser bastante intermitentes, quantas vezes fossem necessárias, mas à medida que há uma ativação, se espera que haja uma desativação uma vez que não estão sendo usada, isso pode produzir-se muitas vezes durante horas, minutos, ou até mesmo menos de segundos, depende que quanto tempo precisaria utilizar. Sempre o mecanismo trabalha de forma passiva, ou seja, volta a desativar, emitir menos sempre que não se utiliza, desativar é normal e esperado. Novamente desativar não é desligar, apenas diminuir a função ou derivar a função para outro estágio.

Veja um exemplo de uma área ativada em nosso Cérebro:
Esta é uma imagem onde a “área de Broca” está ativada.  Chama-se assim, pois foi designado por um médico Frances chamado Paul Pierre Broca que estudou a especialização do cérebro em produzir a fala.  Esta pessoa está falando.
Se esta atividade não voltar ao normal, ou seja, se não apaga, a pessoa vai falar e falar e falar sem controle, ou ira falar coisas sem conexão de maneira repetida, não conseguirá expressar seus pensamentos e sofrerá bastante com isso.
Portanto outra palavra importante para compreender como o cérebro funciona é a inibição.


Inibição:
Grande parte da atividade cerebral é ao contrário do que se pensa, é inibição, ou inibir áreas que devem deixar de estar ativas, portanto, inibir é um processo de controle e regulador das atividades cerebrais.
Acho que você já deve estar fazendo uma ideia de como a persistência dos pensamentos ocorrem.
Nosso cérebro é um conjunto de órgãos e áreas com funções específicas.
Aqui apenas uma divisão mais global


Contudo o cérebro é complexamente mais subdivido e especializado, vamos ver nesta próxima figura:
           

Se olharmos com atenção, no meio de nosso cérebro existem estruturas que são bem especializadas e tem funções especificas, não vou falar delas todas, isso fica para uma próxima curiosidade, apenas vou tomar uma como exemplo. Este exemplo não é a via da regra, nem sempre as coisas ocorrem aqui ou bem, não necessariamente todas ideias delirantes passam por aqui, é apenas um exemplo.

Existe uma área no cérebro chamada “Giro Cingulado” (veja na figura a cima), o contorno mais escuro em ambas as figuras, bem ao centro do cérebro) nesta área processamos e transitamos informações emocionais, é uma vida principal das emoções, sentimentos e sensações.
Se alguém não desativa esta área corretamente ira sofrer mais ou menos estas alterações:
Preocupações excessivas
Guardará memórias dolorosas do passado
Terá a tendências de agarrar-se a certos pensamentos (Obsessões)
Não conseguira controlar certos comportamentos (Compulsividade)
Desenvolverá comportamento opositor, uma forma de dizer “não” automaticamente a tudo e discutirá por tudo.
Não irá gostar de colaborar com nada
Propenso a vícios de todo tipo especialmente os químicos: Álcool e drogas.
Síndromes de compulsivas etc.
Síndromes relacionadas ao comer excessivo.


Este é um caso onde a área de trânsito de emoções e sentimentos fica comprometida e ativada sendo que  os pensamentos não vão embora, ficam lá dando voltas e voltas esperando que algo ocorra para serem desligados. Por uma ou outra razão os “livros” foram deixados abertos aqui neste corredor de informações, a área está ativa e não consegue desativar para voltar ao normal.

Geralmente todos os problemas psicológicos como depressão, angústias, desânimos etc. sofrem o mesmo processo.
Inúmeras são as razões por as quais a inibição não consiga ocorrer aqui.

Como fazer para que este sistema volte ao normal?

Toda ativação demora um tempo considerável para voltar ao normal, nestes casos “somente o médico” pode ajudar prescrevendo medicamentos que mudam a estrutura eletroquímica desta área fazendo com que a ativação cesse. Para evitar que existam novas ativações uma vez que esta área esta sendo restaurada a terapia cognitiva comportamental é a mais indicada. Sim, é necessária uma conduta terapêutica psicológica profissional para que estes sistemas não voltem a ativar-se de uma forma incontrolada (Quem deixou o livro aberto lá na sala?)

Conclusão: Pessoas que vivem ideias delirantes estão enfermas, devem buscar tratamento.
Uma vez que elas não têm consciência ou não se sentem com problemas é difícil conviver ou convencê-las de seu problema. A confrontação organizada entre várias pessoas de seu convívio é uma forma de demonstrar a estas pessoas que algo esta errado.  O objetivo sempre deve ser levá-las ao tratamento profissional.
 Quem determinará como foi que elas chegaram a ficar assim serão os profissionais de saúde mental (Psicólogos ou Psiquiatras). Pode ser que algo relacionado com a forma de processar a informação não está funcionando bem, ou exista coisas externas que levam a pessoa passar por estas experiências.

É um defeito sim, e também são “cabeças duras”.  Sim, mas nem sempre isso ocorre porque elas querem prejudicar alguém. Mude o termo “cabeça dura” por “cabeça ativada” Elas precisam concertar o botão químico de liga-desliga.

Paul McCullough

Brain, R. – Hughlings Jackson’s ideas of consciousness. Pags. 83-91 in Poynter, F. N. L., ed. The brain and its functions. Blackwell. Oxford, 1958.
Amen, Daniel  - Change your brain change your Life. Pags. 150 -200 Ed. Piatkus - 1998
Brodmann, K. – Vergleinchende Lokalisationslehre der Grosshirnrinde, 2 . Aufl. Barth. Leipizig, 1925.
Cairo, N. – Elementos de Fisiologia. 2ª ed., 2 vols. Haupt, Curitiba, 1926. (Ver vol. II, págs. De 61 a 663).
Campbell, A. W. – Histological studies on localization of cerebral functions. Cambridge Univ. Press. Cambridge, 1905.
Dusser de Barenne, J. G. – “Corticalization” of function and functional localization in the cerebral cortex. Arch Neurol & Psychiatr., 30:884-901, 1933.
Dusser de Barenne, J. G. – Physiologie der Grosshirnrinde, in Bumke, O. & Foerster, O. – Handbuch der Neurologie, Bd. 2:268-319, Springer. Berlin, 1937.
Von Economo. C. – La cytoarchitectonie et la cérébration progressive – Rev. Neurol., 86:II:643-672, 1928.
Von Economo, C. & Koskinas G. – Die Cytoarchitektonik der Grosshirnrinde des erwachsenen Menschen. Springer. Berlin, 1925.

Tem remédio para memória?


Tem remédio para memória?

Tem sim, mas pouca gente sabe usar.
Qual psicólogo não escutou esta frase? “Dr. Eu não me lembro de mais de nada, não sei onde deixo as chaves, o meu celular, não sei onde guardo os papeis, não tenho nem ideia onde coloquei o meu relógio. Nas provas então eu não consigo lembrar-me de nada do que estudei. Nem me lembro da matéria mais, eu estou perdendo a memória e preciso de uns comprimidos para ver se me ajuda?”

Aqui temos uma amostra do santo remédio para memória:
Cada vez que você trouxer suas chaves, seus papeis, seu celular e vestir o relógio você ganhara uma destas. 

Você irá esquecer estes objetos em casa?

Para cada pergunta da prova que você acertar você ganha cinco destas. 




Quanto tempo você seria capaz de estudar para acertar cada pergunta da prova?

Você pode esquecer o dia do aniversário da sua mãe, mas não esquece o dia do seu pagamento.
Memória é feita de interesse e atenção.

A não ser que exista uma deficiência ou uma má formação nos processos da memória, nossa “falta de memória” ou “memória fraca” é apenas desinteresse e desatenção.

Memória é algo fantástico e pouca gente sabe que está cheia dela. 
Tudo que somos são memórias, tudo.

A memória não é apenas um pensamento que fica em um determinado espaço em algum lugar de nosso cérebro. Todo nosso cérebro é memória.  Tudo que aprendemos, sabemos, falamos, compreendemos, entendemos, vemos, todas as percepções e emoções são memórias.
Como é a dor de queimar o dedo do pé?  Como é a dor do estomago?  Como é a vontade de ir ao banheiro? Como é que o coração bate? Como é quando cortam seu cabelo?  Todas as coisas que sentimos são memórias.

Contudo, todas estas coisas são memórias adquiridas, ou seja, estão já armazenadas dentro de nós.
Somos grandes gravadores e nosso cérebro tem um lugar especifico para cada tipo de memória:
Memórias sensoriais: Pele, ossos, órgãos, audição, visão, tato, paladar, odores, etc.
Memórias de aprendizagem: a fala, a linguagem, os processos todos que envolvem aprender.

Então, para não fazer confusão dividimos as memórias em grupos, assim as pessoas entendem melhor.

Memórias de longo prazo ou longo termo e memórias de curto prazo ou curto termo e Memória autobiográfica.

A memória de longo termo é aquela que você “nunca” esquece está lá e vai ficar. Você já escutou as historias do vovo ?:  “Mil novecentos e antigamente quando eu ainda tinha dente, Eu .....”

Basicamente a memória de longo termo é como uma bibliotecária que trabalha não maior biblioteca do mundo e ela conhece muito bem seu trabalho:
No mundo das memórias de longo prazo  você irá encontrar todos os procedimentos que faz para viver: Andar, comer, beber etc...
A linguagem é uma área a parte nesta biblioteca, tem um departamento imenso exclusivo para ela, e pode armazenar varias línguas etc. Esta área está sempre contribuindo com a compreensão das coisas. 

Através dela você lembra quem você é, quem são as pessoas que estão ao seu redor, lembra de sua história e do seu desenvolvimento como pessoa. Chamamos de “Memória autobiográfica”. Esta memória utiliza as duas outras que vamos mencionar.

Quando o departamento de compreensão e o departamento de memórias longo prazo se unem são capazes escrever livros, de trabalhar e montar coisas como uma casa por exemplo. São chamadas, “Memórias Implícitas”.   O que quer dizer que as memórias são usadas junto ao conhecimento, junto ao método aprendido para produzir coisas especializadas e que seguem um padrão: Dirigir sem olhar os pedais, fazer coisas com prática, fazer várias coisas ao mesmo tempo.

Dentro desta área de longo termo, quando queremos elaborar um conhecimento e imaginar e formular coisas, buscamos vários recursos para ajudar-nos. Por ex: Eu gosto de flores, quero fazer um jardim, preciso saber como é a terra, como usar a água, quantas pessoas gostarão de meu jardim, para quem darei as flores? Será para a pessoa que amo, quem é a pessoa que amo? Por que gosto dela tanto assim?  Qual a cor da flor que ela mais gosta e como vou plantar esta flor? Preciso saber fazer o jardim.
Esta memória explicita precisa da consciência (o que é isso, o que é aquilo e para que serve ), mas não requer processo, ou seja, não é automática e cheia de métodos como a memória “Implícita”.


A memória de curto prazo é a mais incompreendida de todas as memórias, a pobrezinha.  Ela é a razão de que muita gente vá ao médico pedir soluções milagrosas e impossíveis:
Esta é uma bibliotecária muito eficiente, porém trabalha em um departamento muito agitado e de rápidas decisões.
Ela tem que decidir que informação é boa para ser armazenada na grande biblioteca de longo prazo, tem que decidir quem vai passar pela curiosidade da Dona Atenção, o chefe da dona Atenção é o Sr. Senhor Interesse ele é responsável por analisar o material e devolver a decisão à memória de curto prazo ou enviar o material para a bibliotecária da sala de longo prazo.
Estes dois companheiros, senhor Interesse e sua secretária dona Atenção, nem sempre comparecem ao trabalho dificultando a vida da “memória de curto prazo”. Contudo a memória de curto prazo sempre vai ao trabalho e esta sempre pronta a fazer seu papel.

Quando entra uma informação a memória de curto prazo guarda o material por um pouco de tempo até que a dona Atenção venha dar uma olhadinha, se a atenção fizer o seu trabalho bem feito, irá colocar todo o material para o Sr. Interesse analisar o assunto.
A Falta da Atenção é grave, ela faz com que a Memória de curto prazo jogue a informação no triturador e adeus material.
Se a Dona Atenção vem e o Sr. Interesse não, a memória de curto prazo guarda o material por um pouco de tempo, até que ele possa rever o material. Se ele demora muito a chegar... Tudo vai para o TRITURADOR e adeus.




Senhor Interesse não trabalha sem sua secretária Dona Atenção. Ele se sente inútil.



Então você dirá: "Dr. Tem remédio para a memória?"  E a memória grita: “EUUUUUUUUUUU!???” Eu estou bem muito obrigada, quem precisa de remédio é a falta de Atenção e o Interesse, não eu."


Os grandes inimigos de qualquer memória:

- Falta de Atenção.

- Falta de interesse.

- Substancias químicas: Álcool, drogas (incluindo a Cannabis), são químicas que bloqueiam o sistema de transmissão de dados ao cérebro e do cérebro, matam os neurônios e destroem a memória.
 Estresse (stress em inglês) Baixo metabolismo. (como o corpo processa energia dos alimentos nas células). Uma pessoa cansada não vai processar atenção e interesse, o corpo somente quer descansar.

- Alimentação deficiente em minerais e proteínas.  (bom seria peixe, saladas, todas as frutas e legumes, carne vermelha é proteína, mas produz substâncias não saudáveis nos intestinos que afetam o metabolismo.)

- Ver TV ou jogar “videogame” o dia todo, não ler, não sair para brincar. Ou seja, restringir a mente a uma só atividade é altamente nocivo. A Biblioteca necessita de informação variada, caso contrário, a bibliotecária perde o emprego.

- Comer açúcar: Refrigerantes, bolos, chocolates, doces, etc...  Açúcar “entope” as células. A gradual diminuição da ingestão de açúcar, aproximadamente quinze dias, faz o corpo acostumar com níveis mais baixos. (excluindo aqui os diabéticos de primeira fase.)

- Falta do volume adequado de água: Quando alguém pede remédio para memória eu penso em uma grande capsula de água. O corpo usa a água para levar os nutrientes e o oxigênio ao cérebro, ao mesmo tempo em que limpa o sistema de toxinas. Água ajuda ao sistema nervoso estar alerta e pronto para processar.

- Não fazer esporte: O corpo trabalha sempre lento, a circulação sempre lenta, a excreção sempre lenta, não há uma qualidade metabólica ótima, o cérebro vai dormir.

Sim, há muitos outros campeões e vilões contra a memória, mas estes são os mais comuns.

MITO: As pessoas mais velhas perdem a memória.
Realidade: As pessoas mais velhas GANHAM mais memórias a cada dia, acumulando a informação da vida toda e utilizando estas informações, adcinadas às memórias de curto prazo, pois são pessoas mais atentas e mais interessadas.
Somente há uma perda das funções de memórias em pessoas idosas quando estão doentes por outras razões adjacentes ao sistema nervoso.








Uma grande novidade!!!!
Esquecer é bom e está tudo certo.  (ref http://bit.ly/K6bKHo )

Ainda bem que o cérebro está equipado com a função “ESQUECER”.
Imagine se você não pudesse esquecer-se de nada? Quantas coisas desagradáveis e terríveis você viveria constantemente.

Por ex: “O barulho do motorzinho da broca que o dentista usa, ou a dor da broca entrando no seu nervo dental”.
Você ainda quer remédio para você não esquecer?
Seu namorado sempre estaria indo embora com a outra, você sempre iria chorar a morte de alguém uma e outra vez, você nunca seria capaz de perdoar ninguém por cada palavra dita contra você em toda sua larga vida.






Você estaria constantemente preocupado com absolutamente tudo. 
O cérebro está equipado com a função esquecer para que você possa selecionar um melhor meio de viver em harmonia com suas memórias.

Espero que você tenha lido com atenção e interesse, só assim não irá esquecer.

Paul McCullough.

Thursday 26 January 2012

A baixa autoestima


A baixa autoestima



A autoestima, o valor que cada pessoa da a si próprio é motivo de muitos estudos e grande parte da psicologia clínica encontra a baixa autoestima como tela de fundo para outros problemas emocionais sérios.

Aqui alguns conceitos e conselhos para fazer uma primeira reflexão no tema, existem muitas variantes e complexidades, mas vou escrever a respeito dos principais “monstros” da baixa autoestima.

                                                                                             
Generalização é quando um incidente isolado cria uma regra universal, geral, para qualquer lugar a qualquer momento: “Se eu falhei uma vez (algo concreto) sempre irei falhar!”.
(internalizada como ele irá falhar em tudo).

Sempre que você estiver preparado para realizar algo a possibilidade real de falhar é menor que 10%.

Para cair em um nível mais baixo de probabilidade você teria que errar mais de 50% das possibilidades de positivas de acertar que você tem que são sempre 90%.

 Se você não está totalmente preparado para realizar aquilo que se propõe então a probabilidade é maior. Contudo geralmente nos aventuramos a realizar coisas que nos sentimos capazes ainda que não totalmente preparados e nosso provável acerto é da ordem de mais de 50% Para cair em um nível mais baixo de probabilidade você teria que errar mais de 50% das possibilidades de positivas de acertar que você tem que são sempre mais de 50%

Se você não está preparado e ainda assim quer realizar algo, então ainda assim você tem 10% de possibilidade de acertar aquilo que se propõe. 
Para ser um completo fracasso você devera errar mais de 50% das possibilidades positivas que você tem. Contudo, o número de pessoas que tentam fazer algo ao que nunca foram preparadas é ínfimo, e se nunca foram preparadas não seria culpa delas falhar, pois tudo que fazemos, seja construir uma casa ou uma relação amorosa exige um preparo para isso.

Então se você falha muito, você precisa de treino e nada mais. Todos nós precisamos falhar para compreender onde é necessário corrigir, assim treinamos para um objetivo.

O que nos leva a concluir que o pensamento “desastroso” de total incompetência é falso, não existe em realidade e deve ser removido de nossa mente, pois estará ocupando um espaço importante já que um ou vários falhos são talvez a prova que você pode estar especializando sua vida.

                                                                                             

• Designação global: Nós usamos termos depreciativos para descrever a nós mesmos, em vez de descrever o erro ao especificar o que aconteceu: “Que droga! Como sou burro!”.






Novamente devemos lembrar que os erros são compostos de vários fatores, aqui apenas alguns:
 
a)     Falta de especialização, coisas que devemos aprender melhor e praticar para que saiam de uma forma mais automática e bem feita.
b)     Falta de atenção: Todos nós temos vários tipos de atenção, muitas vezes estamos dividindo nossa atenção ou “atenções” a níveis críticos. Fazer uma coisa de cada vez e concentrar-se no que é principal é o ideal. Mas como nem sempre está a nossa disposição, então fazer uma a cada vez.
c)     A pressa realmente é inimiga da perfeição: Calma, calma, calma.  Ainda que a situação exija pressa tente manter a calma e a concentração, melhor gastar mais alguns segundos do que voltar a repetir tudo.

Substitua o auto-insulto por: “treino, atenção, calma”.   É difícil após martelar o dedo dizer algo diferente de "@#*&&&..." etc...  Mas se estamos pensando em aperfeiçoar e errar menos então devemos dizer ao cérebro o que falta.  Martele o dedo e diga: Aiiiiiiiiiiiiiiii   “atenção, treino, calma”...    Você irá notar a diferença.

                                                                                               
Pensamento Polarizado: São os pensamentos de tudo ou nada, coisas levadas ao extremo, categorias absolutas: “Ou é branco ou é negro”, “você está comigo ou contra mim”, ou está certo ou está errado.
Nestes casos não ha valores relativos. Ou é perfeito ou não.

Até mesmo em toda teologia humanamente conhecida o único conceito que é absoluto, portanto infalível é a figura de Deus.  Abaixo dele todo é relativo e, portanto, passivo de erros.

Aqui gostaria de explicar o conceito de inércia e equilíbrio. Inércia é a tendência de um corpo permanecer em seu movimento no tempo e no espaço até que contra ele se faça uma força contraria. Por exemplo: No espaço não ha nada que friccione com os objetos, portanto se são empurrados com certa força irão estabelecer uma trajetória infinita nesta mesma velocidade. Se a velocidade for zero, então irão permanecer em zero até que algo mude esta trajetória.
Pensamentos polarizados são pensamentos inertes, não ha o que mude sua trajetória... Você gostaria de ser assim?



Equilíbrio é um ponto central entre forças negativas e positivas fazendo com que a harmonia seja aquilo que domine as forças e as tendências. Não será muito melhor abandonar a inércia e buscar o equilíbrio? Experimentando, medindo, compreendendo as forças e colocando-as em uma posição que não é tendenciosa chegaremos a DOMINAR estas forças e encontraremos e compreenderemos o que é a “harmonia”.

                                                                                             
• Auto-incriminação: “Eu sou o culpado, tudo é culpa minha, eu deveria ter notado, feito, não feito etc.

Falsa culpa e verdadeira culpa:
Assumir um erro é algo verdadeiramente louvável, mas fabricar uma culpa é adicionar um erro ao outro.

Como saber se estou assumindo erros que não são meus?
Aplicando estas duas perguntas a você mesmo.

Lei do Erro:

·         Qual é a função do erro? A função do erro é mostrar-me qual é a distância correta do acerto, determinar como acertar na próxima vez.

·         Como eu posso corrigir o erro? Analisando o meu procedimento e buscando a solução que mais se aproxima do acerto e praticá-la.

Sabendo isso, a pergunta de ouro:

Como posso aplicar isso sobre uma situação que verdadeiramente não fui eu quem a produzi?
Não é possível.

Logo....  Não é sua culpa... Ou seja, é uma falsa culpa.

A verdadeira culpa é aquela que ocorre quando você tem consciência que não houve outros fatores adjacentes que chegassem a interferir com o que somente você deveria ter feito, ou não.  (Eu deveria ter esperado duas horas antes de dirigir após haver bebido, eu não deveria beber e dirigir)

Mas culpa é apenas um sentimento que pode viver se você não resolve o problema.  Se você resolve o problema então a culpa não consegue viver mais.
A causa da culpa deve ser resolvida da melhor forma possível. Se não ha como resolver, então devemos tentar uma aproximação maior ao fato: “Eu tentei esgotar todas as possibilidades para resolver e não era possível” Neste momento a culpa deve morrer, pois não ha razão para sua existência.

Um dia você encontrou um elefante que queria cruzar uma ponte, pois a mata pegava fogo. A solução seria carregar o elefante nas costas e atravessar ao outro lado. Carregar coisas impossíveis não tem nenhuma lógica.  Você já tentou levar um elefante nas costas? É impossível, então você tentou limpar o terreno onde o elefante estava, ou fez algo para que as chamas fossem evitadas, assim mesmo ele morreu.

Algumas vezes não é possível resolver todas as coisas, outras vezes erramos não resta outra opção que aplicarmos a lei do erro.

Assim a falsa culpa morre, a verdadeira culpa aparece e podemos anular seu efeito.


                                                                                              
• Leitura de pensamento: ninguém gosta de mim, todos estão rindo de mim, eles querem me ver morto/a.
• Personalização: Assumimos que tudo tem a ver conosco e nos comparamos negativamente com todos os outros. “ela está olhando pra mim, que foi que eu fiz de errado?”   “Todos estão olhado e rindo de mim”.

Em uma experiência feita com cem pessoas a meta era basicamente provar que transmitir pensamento é impossível.
Cinquenta pessoas em um quarto deveriam escolher três figuras, e as outras cinquenta pessoas em outro quarto escolheriam outras três figuras porem distintas. Logo depois todas elas deveriam reunir-se e esperar que qualquer uma das outras do outro quarto pudessem dizer qual das figuras estariam pensando.
Absurdo não? Claro, ninguém foi capaz de acertar. Não se pode ler pensamentos, não existe nada em nosso cérebro que funcione como radio transmissor ou receptor de mensagens do pensamento.

Grandes organizações filantrópicas que a nível mundial dependem de doações ou de atitudes altruístas se preocupam sobre como o ser humano pensa no “próximo”.  Existem estudos que provam que nós, ou seja, “todas as pessoas”,  passamos grande parte de nosso tempo, aproximadamente 80% do tempo, pensando em nós mesmos. Para que nossa atenção repouse sobre outra pessoa deve existir um motivo ou uma força maior que faça com que nossa atenção adquira um interesse nos outros. 
Então podemos fazer certas perguntas que nos ajudam a sair da personalização:


·         Você se sente tão especial que “todos” estariam deixando de pensar neles mesmos para pensar em você?
·         Se você não fez nada de errado ou de extraordinário, o que faria que certas pessoas deixassem de pensar nelas mesmas para pensar em você?
·         Que grande força está em você que faz com que outros deixem de seus próprios pensamentos e dediquem-se a pensar em você?

Se não há uma razão lógica e concreta para sua resposta, abandone este pensamento, pois ele não serve para nada.

                                                                                             
• Controle Falácias: Você sente que tem a responsabilidade total de tudo e todos, ou sente que não tem controle sobre nada, que é uma vítima indefesa de tudo.

Três palavras para pensar: Impossível, previsível e assumível.

Somente podemos ser responsáveis por coisas “possíveis”. Por ex: “Guarde esta porta, não deixe sair nenhuma criança”.
Não somos responsáveis por coisas previsíveis:
É previsível, ou possível, que alguma criança saia por esta porta acompanhada dos pais. Esta previsão invalida minha responsabilidade de filtro a respeito do que passa pela porta...

Acidentes são previsíveis, portanto, devemos assumir que ocorram. Portanto, impossível assumir que não existam acidentes. Posso prevenir que crianças saiam por esta porta, contudo, não posso garantir que não haverá acidentes. Somente posso ser responsável por coisas possíveis.

Seguindo esta lógica ser responsável por tudo ou ser vítima de tudo é impossível.  Não seria este um sentimento a deixar de lado? Não estaria ocupando um lugar de algo mais útil?


                                                                                              
• O raciocínio emocional: Se eu sinto então é verdadeiro, Se sinto tristeza é porque tudo está triste, se sinto alegria é porque tudo esta bom.  Se eu sinto que sou incompetente, então esta é a realidade ao meu respeito.

O antônimo ou a palavra contrária à palavra “sentir” deveria ser “realidade”.
Outra palavra que ajudaria muito no caso de raciocínios emocionais deveria ser:  “sinceridade”.

Os pensamentos e os conceitos que uma pessoa tem sobre ela mesma são um conjunto de tão intrincada complexidade como possam ser as estrelas do universo. É impossível estabelecer um padrão de pensamento absoluto onde a previsão destes pensamentos possa ser medida ou se tornem um padrão periódico. Tão difíceis  e tão precisos são os pensamentos.  Então aqui vamos usar a palavra “Sinceridade”, tão difíceis e tão preciosos terminam por serem sinceros e esta sinceridade é a chave da prisão de muitas pessoas.

Certo homem que sinceramente pensava que era Superman morreu ao jogar-se do alto de um edifício tentando voar como o herói.
Adolf Hitler sinceramente pensava que era Deus.
Igual ao assaltante que pensa que não pode ser mais nada na sociedade em que vive e deve roubar para viver.
Sinceridade é um potente lubrificante dos pensamentos e principalmente da razão, mas sinceridade ou sentimento não é igual realidade.

A percepção da realidade é algo que deve ser discutida e provada, geralmente a realidade é aceita quando ela possa ser provada por todos, entendida por todos e discutida por todos.

Se você se encontra em uma situação angustiosa aonde a realidade na sua maior sinceridade vem oprimindo você, busque saber a opinião de outras pessoas a respeito deste tema. Experimente com mais de três pessoas, pergunte a elas qual seria à perspectiva delas para solucionar o problema que você vê impossível, ou bem, como elas veem a realidade que você vê.
Certamente você irá mudar sua opinião sobre seu sincero pensamento, não tenha medo nem vergonha, os pensamentos tem uma lógica no final de tudo.

Nunca faça nada se baseando em sentimentos, use a opinião de outras pessoas para balizar sua percepção da realidade, siga conselhos, avalie o que é verdadeiramente bom.

Se ainda assim você conclui que deve saltar de uma ponte.... ok.. Mas use paraquedas.