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Tuesday 10 April 2012

Futura geração


"Estou preocupada com o tipo de mundo que meus filhos irão encontrar, não é nada parecido ao meu, quero dizer, à educação que recebi, nem tenho ideia qual será o nosso futuro diante dessa crise mundial; imagine meus filhos... Como posso garantir uma melhor qualidade de ensino e vida em meio a isso tudo?" 

G. Garcia.



Nós somos absolutamente adaptáveis ao meio, fomos feitos para modelar os ambientes em que vivemos.
Nosso cérebro está equipado para produzir e reforçar conexões de acordo com as dificuldades ou com os desafios de adaptação. Uma criança que sente facilidade e simpatia por música irá desenvolver suas capacidades mentais e motoras até alcançar seus próprios níveis ótimos no domínio de sua arte ou profissão.

Todos nós nascemos dotados para certa arte ou profissão ainda que a grande maioria não se especialize nisto ou naquilo. Contudo, todos nós temos a capacidade de especialização e adaptação.
Rüdiger Gamm é chamado de “super calculadora” humana, ele foi um péssimo estudante e confessa que não era bem sucedido nos estudos de matemática. Sem comentar um fantástico número de celebridades da arte e da ciência que eram absolutamente um desastre em sua vida de estudante.
Nossa mente está apta para crescer em capacidade de conexões de todos os tipos, durante a vida nosso cérebro cresce em capacidades, sabe formar novas vias de ações para facilitar nossa adaptação ao meio.




Creio que a melhor maneira de afrontar esta sua questão é eliminar o medo do futuro e substituir o medo, ansiedade etc. por formas e formulas para ajudar-nos a adaptar o mundo de aprendizagem de nossos filhos.

Nós temos a tendência de prever ou ver o futuro como catastrófico e caótico, não é pessimismo é apenas uma das funções de nossa capacidade de autodefesa.
Quando estamos diante de algo que não conhecemos nosso cérebro produz certa quantidade de adrenalina que ativa nosso sistema de fuga, luta e proteção; olhar o futuro é olhar o incerto, e o conceito de “incerto” significa que não estamos preparados para atuar. Quando falamos de futuro de pessoas que temos a obrigação emocional e biológica de proteger, então a questão se torna ainda mais complicada aos nossos olhos.



Imaginemos que isso ocorre com todos nossos parentes e amigos, e também na sociedade mais próxima a nós, parece que todos concordam que o mundo caminha para o caos e que antes, lá no “nosso tempo”, na nossa historia, as coisas eram melhores. Todo avo fala que no seu tempo era melhor e que o futuro será uma barbaridade.
Ainda assim está tudo bem, estamos programados para pensar assim, quando os sistemas de autodefesa ligam, os sistemas de “pensar, meditar, pensar, estruturar, elaborar, preparar etc...” desligam para que nós possamos tomar uma decisão rápida.

O problema é que não temos nada para fazer de um modo rápido, isso nos inunda de ansiedade e estamos diante do “fim do mundo e das tragédias de forma inevitável”.
Contudo, o bem e o mal estão no mundo já faz algum tempo e as diferenças geracionais também, assim como nossa percepção do “pior inevitável”.



Surpresa! 

O “pior inevitável” é evitável. 

Se compreendermos que ao contrário do que pensamos estamos diante de um grande futuro nas áreas da educação e do desenvolvimento e temos uma fantástica perspectiva para encaixar nossos filhos em uma área de tantas que estão em desenvolvimento hoje em dia.

Ninguém que nasceu há quarenta anos podia estudar com um computador na sala de aula. Imagine, hoje podemos fazer faculdade por internet, tão boa ou melhor que a presencial. Não havia internet no “nosso tempo”, Google, etc. Hoje em dia os médicos operam via internet usando um robô, os cientistas veem os pensamentos usando novas maquinas e tecnologia antes mesmo que os pensamentos ocorram, não sabíamos tanto sobre nossa galáxia e sobre nosso mundo como hoje.

A criança que nasce neste tempo, seja onde for, e digo isso porque até mesmo nos mais remotos lugares da terra onde o desenvolvimento não é tão evidente, já recebem o beneficio destes novos desenvolvimentos através de organizações que antes não tinham como chegar até estes lugares.
O mundo de hoje está mais cheio de compreensão, de autoconhecimento, de integração, e de espaço para que nossos filhos e netos conectem com suas aptidões de uma forma nunca antes imaginada.
Portanto não tenha medo, tenha método.



Sugiro alguns passos:

Conheça melhor quais são os atuais conflitos geracionais, para aprender a facilitar o desenvolvimento dos novos caminhos que levarão seus filhos, aprendendo quais são os novos conceitos que vocês devam adaptar-se.









Uma dica: Conheça o trabalho do Sidnei de Oliveira




Busque fazer proveito de tudo que está ao seu alcance, tudo de bom, tudo de aproveitável, tudo que for excelente, tudo que trouxer desenvolvimento próprio. Um livro, uma nova escola, um novo computador, um novo conteúdo informático, novas maquinas etc. Tudo que é novo deve ser explorado e compreendido.



Não perca oportunidades de facilitar qualquer tipo de aprendizagem que estiver ao seu alcance e que desperte interesse.
Evite os pensamentos catastróficos sobre o futuro, procure infundir nos filhos a ideia que eles são agentes transformadores e que são eles capazes de modificar o meio para que façam para eles e para os demais uma vida melhor.




Os filhos recebem heranças de todos os tipos, heranças ruins e boas, heranças das gerações passadas e antepassadas. O foco tem que estar no futuro transformador. Não se pode parar para discutir a culpa de quem foi, é necessário aprender a transformar o meio que existe.
Lembre-se, o cérebro está programado para defender-se de coisas que não conhecemos ou não compreendemos, a defesa se expressa em receios medos e bloqueio das zonas do cérebro que fazem análise. Por isso é importante inculcar nos jovens a prática do “conhecimento e da exploração”.




Desarme-se, relaxe, ria um pouquinho...


Olhe quantas coisas novas e melhores temos ao redor, hoje temos um mundo melhor e melhorando, a situação não é perfeita, não está limpo, mas estamos cada vez mais tomando consciência de nós mesmos, conhecendo melhor nossos erros, pesquisando novas fronteiras e maneiras de enfrentar os problemas, mudando nossa posição.


Não é otimismo, é realismo, pare, analise, pense.

Alegre-se, seus filhos vão vencer, eles estão dotados de um mundo melhor que o nosso.







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