"Estou preocupada com o tipo de mundo que
meus filhos irão encontrar, não é nada parecido ao meu, quero dizer, à educação
que recebi, nem tenho ideia qual será o nosso futuro diante dessa crise
mundial; imagine meus filhos... Como posso garantir uma melhor qualidade de
ensino e vida em meio a isso tudo?"
G. Garcia.
Nós somos absolutamente adaptáveis ao meio,
fomos feitos para modelar os ambientes em que vivemos.
Nosso cérebro está equipado para produzir e
reforçar conexões de acordo com as dificuldades ou com os desafios de adaptação.
Uma criança que sente facilidade e simpatia por música irá desenvolver suas
capacidades mentais e motoras até alcançar seus próprios níveis ótimos no domínio
de sua arte ou profissão.
Todos nós nascemos dotados para certa arte
ou profissão ainda que a grande maioria não se especialize nisto ou naquilo. Contudo,
todos nós temos a capacidade de especialização e adaptação.
Rüdiger Gamm é chamado de “super
calculadora” humana, ele foi um péssimo estudante e confessa que não era bem
sucedido nos estudos de matemática. Sem comentar um fantástico número de
celebridades da arte e da ciência que eram absolutamente um desastre em sua
vida de estudante.
Nossa mente está apta para crescer em capacidade
de conexões de todos os tipos, durante a vida nosso cérebro cresce em
capacidades, sabe formar novas vias de ações para facilitar nossa adaptação ao
meio.
Creio que a melhor maneira de afrontar esta
sua questão é eliminar o medo do futuro e substituir o medo, ansiedade etc. por
formas e formulas para ajudar-nos a adaptar o mundo de aprendizagem de nossos
filhos.
Nós temos a tendência de prever ou ver o
futuro como catastrófico e caótico, não é pessimismo é apenas uma das funções de
nossa capacidade de autodefesa.
Quando estamos diante de algo que não conhecemos
nosso cérebro produz certa quantidade de adrenalina que ativa nosso sistema de
fuga, luta e proteção; olhar o futuro é olhar o incerto, e o conceito de “incerto”
significa que não estamos preparados para atuar. Quando falamos de futuro de
pessoas que temos a obrigação emocional e biológica de proteger, então a questão
se torna ainda mais complicada aos nossos olhos.
Imaginemos que isso ocorre com todos nossos
parentes e amigos, e também na sociedade mais próxima a nós, parece que todos
concordam que o mundo caminha para o caos e que antes, lá no “nosso tempo”, na
nossa historia, as coisas eram melhores. Todo avo fala que no seu tempo era
melhor e que o futuro será uma barbaridade.
Ainda assim está tudo bem, estamos
programados para pensar assim, quando os sistemas de autodefesa ligam, os
sistemas de “pensar, meditar, pensar, estruturar, elaborar, preparar etc...”
desligam para que nós possamos tomar uma decisão rápida.
O problema é que não temos nada para fazer
de um modo rápido, isso nos inunda de ansiedade e estamos diante do “fim do
mundo e das tragédias de forma inevitável”.
Contudo, o bem e o mal estão no mundo já faz
algum tempo e as diferenças geracionais também, assim como nossa percepção do “pior
inevitável”.
Surpresa!
O “pior inevitável” é evitável.
Se
compreendermos que ao contrário do que pensamos estamos diante de um grande
futuro nas áreas da educação e do desenvolvimento e temos uma fantástica perspectiva
para encaixar nossos filhos em uma área de tantas que estão em desenvolvimento
hoje em dia.
Ninguém que nasceu há quarenta anos podia
estudar com um computador na sala de aula. Imagine, hoje podemos fazer
faculdade por internet, tão boa ou melhor que a presencial. Não havia internet
no “nosso tempo”, Google, etc. Hoje em dia os médicos operam via internet
usando um robô, os cientistas veem os pensamentos usando novas maquinas e
tecnologia antes mesmo que os pensamentos ocorram, não sabíamos tanto sobre
nossa galáxia e sobre nosso mundo como hoje.
A criança que nasce neste tempo, seja onde
for, e digo isso porque até mesmo nos mais remotos lugares da terra onde o
desenvolvimento não é tão evidente, já recebem o beneficio destes novos
desenvolvimentos através de organizações que antes não tinham como chegar até
estes lugares.
O mundo de hoje está mais cheio de compreensão,
de autoconhecimento, de integração, e de espaço para que nossos filhos e netos
conectem com suas aptidões de uma forma nunca antes imaginada.
Portanto não tenha medo, tenha método.
Sugiro alguns passos:
Conheça melhor quais são os atuais
conflitos geracionais, para aprender a facilitar o desenvolvimento dos novos
caminhos que levarão seus filhos, aprendendo quais são os novos conceitos que vocês
devam adaptar-se.
Uma dica: Conheça o trabalho do Sidnei de
Oliveira
Busque fazer proveito de tudo que está ao seu alcance, tudo de bom, tudo de aproveitável, tudo que for excelente, tudo
que trouxer desenvolvimento próprio. Um livro, uma nova escola, um novo
computador, um novo conteúdo informático, novas maquinas etc. Tudo que é novo
deve ser explorado e compreendido.
Não perca oportunidades de facilitar
qualquer tipo de aprendizagem que estiver ao seu alcance e que desperte
interesse.
Evite os pensamentos catastróficos sobre o
futuro, procure infundir nos filhos a ideia que eles são agentes
transformadores e que são eles capazes de modificar o meio para que façam para
eles e para os demais uma vida melhor.
Os filhos recebem heranças de todos os
tipos, heranças ruins e boas, heranças das gerações passadas e antepassadas. O
foco tem que estar no futuro transformador. Não se pode parar para discutir a
culpa de quem foi, é necessário aprender a transformar o meio que existe.
Lembre-se, o cérebro está programado para
defender-se de coisas que não conhecemos ou não compreendemos, a defesa se
expressa em receios medos e bloqueio das zonas do cérebro que fazem análise.
Por isso é importante inculcar nos jovens a prática do “conhecimento e da exploração”.
Desarme-se, relaxe, ria um pouquinho...
Olhe quantas coisas
novas e melhores temos ao redor, hoje temos um mundo melhor e melhorando, a situação
não é perfeita, não está limpo, mas estamos cada vez mais tomando consciência de
nós mesmos, conhecendo melhor nossos erros, pesquisando novas fronteiras e
maneiras de enfrentar os problemas, mudando nossa posição.
Não é otimismo, é realismo, pare, analise, pense.
Alegre-se, seus filhos vão vencer, eles estão dotados de um mundo melhor que o nosso.
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